Sabes evitar a dor, o cancro e as doenças?
- Gisela Nunes
- 22 de mar. de 2017
- 4 min de leitura
#6 Evitar a dor, o cancro e as doenças

Quando falo em viver em amor e não focar na dor, sei bem o que digo e a prova absoluta do que eu acredito surgiu quando o Divino decidiu testar-me com a minha saúde.Sempre tive uma alimentação cuidada, vegetariana, uso cosméticos naturais, consumo alimentos biológicos, naturalmente não gosto de guloseimas, doces, refrigerantes e comidas processadas. Sempre tive uma saúde fantástica, se não fosse uma alergia ou intolerância alimentar, que volta e meia surgia, nunca tinha nada.
Então tudo começou em 2016 quando um momento de menos saúde me bateu de surpresa numa consulta e tive de induzir uma medicação agressiva. Após um momento de dor da notícia surpresa, aceitei tranquilamente, pois tudo são aprendizagens e se assim estava destinado, não tinha mais nada para questionar nem motivos para ficar na dor. Só pedia que tudo passasse rápido, mas não estava assim escrito. O meu corpo reage muito aos químicos e medicamentos então os efeitos secundários graves surgiram, tive convulsões que me levaram a um momento maravilhoso que dão o nome de "quase-morte"(mas eu penso de outra forma). Foi um chegar a casa, confirmei o meu eu, senti a paz e o amor grandioso. Foi uma explosão de sentimentos bons, foi uma confirmação de que tudo o que sempre senti existe e que ainda não tinha terminado o meu caminho. Após esse momento em que fui presenteada, lembro-me de acordar no meu corpo e estar tudo mais calmo. Se já vivia todos os dias em amor e alegria, passei a respira-lo por todos os meus poros, passei a sentir uma tranquilidade de alma tão grande, finalmente confirmei o que sempre soube. Confirmei quem eu era, o que tenho a aprender, o que tenho a ensinar e o que ainda me falta fazer. Sou muito grata por ter tido a oportunidade de ver o outro lado em primeira pessoa.
Continuando em 2016 o destino e o Espirito assim quiseram e deram-me outra aprendizagem mas esta já não era surpresa pois tinha saído o prémio. O prémio como uma vez um médico espanhol me disse ao fazer uma ecografia mamaria de rotina "as tuas mamas são como a roda da fortuna um dia vai-te sair prémio", quando o médico disse essas palavras há muitos anos atrás a minha mente absorveu.
Acham que me foquei na dor, na doença, na tristeza, ou em sei lá em quê de menos bom? Claro que não, não tinha motivos para isso.
Procedi aos variados exames, andei de hospital em hospital, sempre com sorrisos e com a minha mochila camuflada com o meu kit Buga. Decidimos chamar Buga ao cancro pois sempre que eu dizia a palavra cancro ou tumor em público ou em conversa com alguém, as pessoas e os ambientes transformavam-se em algo sombrio e pesado. E como o cancro não é uma doença mas sim uma cura, não é motivo de medo, de tristeza ou de agonia. Compreendo perfeitamente que o ser humano fique com medos, com receios, com sentimentos menos bons. A televisão e a sociedade passam uma imagem negativa em relação aos Bugas, passam uma imagem de morte, de dor, de medos e nunca mostram o contrário. Não mostram o quanto essas pessoas por vezes se negligenciaram, o quanto esqueceram-se delas mesmas, resistiram à mudança, viveram apenas para outros, o quanto elas mesmas provocaram essa cura chamada de cancro. Quantas vezes a alma gritou por liberdade, quantas vezes a alma e o universo foram dando sinais para haver mudança e esses sinais foram abafados e ignorados. Os Bugas muitas vezes surgem dessa forma, são o alerta máximo para provocar a mudança.
Mas mais uma vez me repito, não é preciso sentir dor e chegar a esse ponto para haver mudança. Se passassem as histórias inspiradoras das pessoas que ultrapassaram o cancro ou vários cancros, a maioria diz que foi a melhor coisa que aconteceu pois começaram a valorizar mais a vida, a viver o presente, a viver os momentos, a viver o agora, começaram a dar mais valor às próprias vontades, começaram a fazer coisas que nunca tinham feito, começaram na realidade a viver. E agora questionam-se porquê que aconteceu comigo que já sabia esta história toda, que vivia de forma saudável, que medito, que tento ser equilibrada e estável, que vivo na natureza, que sigo as minhas vontades, que faço apenas as minhas verdades?! Existem na minha opinião dois tipos de Buga, o provocado por nós mesmos como falei anteriormente e o destinado pelo Divino mesmo antes de nascer.
Eu tenho igualmente aprendizagens a fazer e estou a fazê-las pois o destino e o Espirito assim o quiseram ou a minha mente permitiu. Sou grata todos os dias por poder passar por estes momentos, esforço-me para fazer com a máxima sabedoria que possa ter naquele dia, e acima de tudo aceito. Aceitar é o melhor remédio para a alma e Espírito. Aceito com todo o amor que tenho e sorrio perante os desafios. Nós só passamos por aquilo que somos capazes de ultrapassar, somos mais fortes e guerreiros do que imaginamos e quando achamos que não vamos ser capazes o universo conspira contra e mostra com toda a sua Luz o quanto estamos errados.
Afinal onde está o amor quando passamos por estes desafios? Está no aceitar ouvir o coração(próximo post “Aceitar ouvir o coração").
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